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Faça o Retrato Falado da Sua Empresa


O que é, qual sua importância e como é feito:

Poucas pessoas em uma empresa conhece a organização como um todos, elas conhecem bem a sua área e desconhecem, ou o que é pior, pensam que conhecem a empresa e tomam decisões norteadas pelo viés da sua área de atuação.

É comum, por exemplo, uma pessoa de finanças frente a uma decisão ou até mesmo a um problema, basear a sua solução somente pelo ponto de vista financeiro e não também, ou sobretudo pelo ponto de vista do negócio.

Esta atitude acontece com os integrantes de todos as outras área da empresa, que colocam inconscientemente sempre os interesses setoriais em primeiro plano em detrimento dos interesse do negócio.

Elas não fazem isto por maldade e sim pelas circunstâncias do modelo de gestão tradicional, que induz os gestores a olhar o mundo pela sua “caixinha” do organograma, que passa a ser a sua janela para o mundo.

Isto faz com que uma pessoa de suprimentos compre uma maior quantidade de um determinado produto ou insumo para obter um preço ou uma vantagem adicional, sem se preocupar ou perceber que este fato irá aumentar a necessidade de capital de giro da empresa.

Esta “síndrome do umbigo” tem gerado uma perda de potência empresarial, e gerado uma série de movimentos internos dispersos em várias direções e muitas vezes conflitantes.

Foi vivendo este quadro que criei a metáfora do “Retrato Falado” que na realidade é a foto da organização que está na cabeça dos seus principais gestores, materializada através da ferramenta chamada Mapa de Contexto nível zero.

Tudo começa com uma folha em branco onde os atores principais da empresa ao redor de uma mesa, descrevem suas percepções sobre:

1. Segmentação de mercado,
2. Produtos e serviços oferecidos,
3. Principais concorrentes,
4. Fornecedores,
5. Negócios/áreas que compõem a organização e a relações ou sinergia entre eles,
6. Ordens de grandeza,
7. Etc...

Para que a foto represente a realidade que está na cabeça dos gestores neste primeiro momento é sugerido e adequado que não haja pesquisa das informações requeridas no sistema, isto significa que entre uma sessão e outra é feita uma consolidação das informações reais extraídas do sistema de informação da empresa.

A segunda sessão começa justamente com o grupo comparando o que foi produzido sem consulta com os dados reais da empresa e as eventuais diferenças compartilhadas e discutidas.

Aliás, a comparação entre a ordem de grandeza da empresa que está na cabeça dos gestores com a grandeza de fato, comprovada por dados reais e históricos da empresa tem sido um dos pontos principais do trabalho.

O Mapa de Contexto consolidado e validado é o ponto de partida para as discussões sobre o futuro da organização no que diz espeito ao seu posicionamento estratégico em todas as dimensões do BSC, que por sua vez é traduzido em indicadores vitais de gestão que darão origem aos indicadores setoriais, operacionais, de processos e das principais pessoas da organização.

Da comparação entre “o que somos com o que queremos ser” fica evidenciado para todos o gap que significa o esforço estratégico, matéria prima para a definição das prioridades estratégicas e também dos processos críticos que devem ser redesenhados para se adequarem e suportarem o que pede o conjunto das diretrizes estratégicas.

Esta fase se encerra com a edição do Mapa de Contexto da organização que servirá como ponto de partida para as futuras atualizações.

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